Assembleia Legislativa do Tocantins - Foto: Koró Rocha
Uma servidora da Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto) foi condenada por improbidade administrativa e terá que devolver cerca de R$ 1,4 milhão aos cofres públicos. Ela é acusada de receber salários no período em que estava morando na Europa. Cabe recurso ao Tribunal de Justiça.

Histórico funcional da servidora

A mulher trabalha como auxiliar administrativa na Aleto desde 1992. Segundo a decisão da 2ª Vara da Fazenda e Registros Públicos da Comarca de Palmas, uma investigação de 2017 confirmou que a servidora recebia salários sem cumprir as obrigações trabalhistas enquanto morava na Espanha, o que configuraria enriquecimento ilícito.

Ausências comprovadas

Segundo o processo, a servidora ausentou-se do Brasil em diversas ocasiões entre dezembro de 2008 e janeiro de 2017. A ausência foi comprovada por certidões de movimentos migratórios emitidas pela Polícia Federal.

Identidade preservada e silêncio das partes

O nome da mulher não foi divulgado e o g1 não conseguiu contato com a defesa dela até a última atualização desta reportagem. A Aleto foi procurada, mas ainda não se posicionou sobre o caso.

Alegações da defesa

A defesa da servidora alegou no processo que suas ausências eram para tratamento de saúde e ocorreram com autorização da administração do Legislativo, segundo uma prática na instituição. A defesa também afirmou que a servidora acreditava na legalidade de suas ações.

Decisão do juiz

O juiz Roniclay Alves de Morais rejeitou a alegação de desconhecimento da lei e destacou que o recebimento de remuneração por servidor público sem a contraprestação de trabalho configura uma violação aos princípios constitucionais da Administração Pública e à Lei nº 1.818/2007.

Sanções impostas

O juiz também determinou:

  • A perda da função pública

  • O pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano

  • A proibição de contratar com o Poder Público

  • A suspensão dos direitos políticos por 5 anos

Valor total a ser devolvido

Conforme o Tribunal de Justiça, a servidora terá de ressarcir integralmente os valores recebidos indevidamente durante os períodos de ausência, estimados em R$ 1.484.511,50.

O valor é resultado da soma das:

  • Remunerações mensais

  • Salários referentes ao 13º

  • Recebidos entre 2008 e 2017

O montante ainda deve passar por atualização monetária e juros.

Essa reportagem foi publicada primeiro pelo site G1 Tocantins
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